Isabel Lencastre, natural de Angola, foi viver para a Praia da Barra/Aveiro em 1975. Em 1983 foi para Lisboa para a faculdade. Fez o seu percurso profissional durante cerca de 25 anos em Lisboa. Foi aí que conheceu o seu marido, Acácio Leitão. Ele, nascido em Lisboa mas de origens do Couto dos Correias e Malpica do Tejo, sempre sonhou em viver junto da natureza e das suas raízes. Tinham casa e terras de família, há muito abandonadas e decidiram, abraçar um novo projeto de vida- transformar a casa do Lugar Couto dos Correias num Turismo em Espaço Rural. Os filhos, já adultos, ficaram em Lisboa.

Para tal concorreram ao PRODER e conseguiram obter a ajuda para fazerem as obras. Em junho de 2015 inauguraram o seu alojamento.

Isabel, Profissional de Relações Públicas e Comunicação com os Media na área da defesa do Consumidor. Conhecimento profundo do panorama da comunicação social em Portugal. Experiência anterior em Estudos de Mercado. Fluente em Francês e Inglês. Desde a sua vinda para Idanha a Nova continuou interessada em melhorar os seus conhecimentos na área do turismo tendo, entre outras formações, feito uma pós graduação em Gestão de Master Executive em Turismo no Espaço Rural.

Desde 2013 Gerente e responsável por todo o trabalho inerente ao bom funcionamento e divulgação do espaço de turismo rural. Pequena Produtora de Molhos Picantes, Azeite Aromático, Doces e Biscoitos. Presença e divulgação em Feiras de Artesanato no distrito de Castelo Branco, sobretudo no concelho de Idanha-a-Nova.

O promotor Acácio Leitão com a escolaridade mínima, filho de camponeses que imigraram para Lisboa, passou por vários empregos mas todos os anos ía com os pais à terra para a apanha da azeitona e mel. Possui assim, uma vasta experiência na prática de agricultura, nomeadamente, na prática da olivicultura, apicultura e horticultura, na equitação (desbaste e treino de cavalos) e na organização de passeios a cavalo. Frequentou vários cursos na área da apicultura. Neste momento é o responsável pelos passeios de charrete e pela manutenção da horta.

O gosto pelo meio rural e a prática crescente na exploração agrícola associado à herança da propriedade onde se desenvolveu a Casa dos Xarês, fizeram despertar o espirito de empreendedorismo nos promotores, que encaram o presente investimento como uma oportunidade para a melhoria do seu rendimento familiar, sem no entanto descorarem a preservação e valorização do rico património (material e imaterial) cultural e rural da região. Os promotores têm ainda desenvolvido os seus conhecimentos, de uma forma autodidata, ao nível da exploração agrícola, fruto do aproveitamento dos terrenos existentes, no entanto, pretendem continuar a frequentar cursos específicos e relacionados com a atividade do turismo (operação, mercado, gestão, etc.), com a produção de mel (apicultura), com a gastronomia (sobretudo com a utilização dos produtos locais e sobre as receitas típicas regionais) com determinadas produções agrícolas, nomeadamente árvores de fruto e ervas aromáticas. Demonstram, ainda, um elevado conhecimento do território, dos recursos turísticos, das tradições culturais e da história, elementos que serão utilizados na construção da experiência dos visitantes através de uma partilha interativa, em que os promotores irão partilhar o conhecimento que detêm do território. Outro fator importante associado aos promotores centra-se no seus conhecimento dos agentes públicos e privados da região o que permite potenciar a criação de parcerias e de ofertas de pacotes turísticos integrados em que se associem diferentes tipologias da oferta (alojamento, restauração, animação, transportes, cultura, etc.). Têm participado em algumas feiras de artesanato da região (venda de compotas, azeite aromático e molho picante). Pequeno artesanato : vários trabalhos em pele (sob encomenda), artesanato tradicional (as fisgas) e outros pequenos trabalhos em xisto (porta-chaves, pinturas).

Neste momento já se sentem beirões e sabem que o contacto com a natureza, o ar puro, a vida simples são os melhores bens que poderão ter.